Outro dia conversamos sobre a integração entre vida pessoal e trabalho e ficamos com a pergunta sobre o que isso teria a ver com os espaços de trabalho.
Hoje em dia, se você fizer uma busca na internet verá uma série de artigos falando sobre wellbeing, activity based workspace, agile workspace etc. Todos falando sobre como os espaços de trabalho devem ser para atender às necessidades dos novos modelos de trabalho, baseados nas atividades exercidas pelos colaboradores ou na metodologia de trabalho de grupos, ou ainda na integração entre vida pessoal e profissional. Tudo isso para deixar o colaborador mais engajado, para ele se sentir parte de um todo, de algo cujo propósito reflita seus ideais pessoais.
Todas essas técnicas, metodologias e princípios de design têm como grande objetivo dar aos colaboradores uma série de opções de acomodações no espaço de trabalho para que ele se sinta à vontade, como se estivesse em casa e, no final do dia, ter utilizado todo seu potencial de maneira extremamente produtiva, atingindo suas metas. Porque no fim é para isso que as empresas investem quantidades razoáveis de dinheiro remodelando os ambientes de trabalho.
Apesar de essa última frase poder soar meio corporativa e fria demais, que bom que eles estejam pensando assim, pois cada vez mais nós iremos procurar lugares onde realmente possamos dizer – “Eu faço parte disso e isso faz parte de mim!”. Esse, entendo eu, é um dos motivos pelos quais os espaços de Co-working têm proliferado, tanto entre os profissionais autônomos -empreendedores, freelancers, nômades, empresas individuais etc – quanto entre as grandes empresas globais. O fato de estarmos em um ambiente que, apesar de ter suas regras internas, se apresenta muito mais informal e humano, influencia diretamente na nossa forma de pensar e propicia vivenciar novas experiências (ou antigas de maneira diferente). As grandes empresas se valem dessas mesmas premissas, tentando uma mudança de atitude em seus colaboradores para que os mesmos não deixem a empresa.
Estamos vivendo uma grande mudança na importância do trabalho e da vida pessoal dentro do universo de cada um, puxado principalmente pela necessidade que temos de encontrar nosso lugar no mundo.
Luiz Gustavo Campos – arquiteto especializado em workplace